A história do barquinho
Estevão era uma criança que amava tudo o que era relacionado com barcos. Ele gostava de passar horas olhando desenhos de barcos e ia algumas vezes a algumas lagoas com o seu pai para olhar as embarcações de pequeno porte. O pai de Estevão era um carpinteiro muito dedicado que amava seus filhos. Estevão gostava de ver seu pai trabalhar. Ficava fascinado com a transformação de tocos de madeiras em preciosos objetos de utilidade. Um dia o seu pai disse para ele: – “Estevão! Porque você não constrói seu próprio barco. Eu ajudarei você e darei o material necessário para a construção do seu barquinho! Você pode trabalhar na minha carpintaria”!
Quando ouviu a sugestão do pai, Estevão pulou de alegria! Eu terei meu próprio barco! Gritava e cantarolava por toda a carpintaria. Logo buscou as ferramentas necessárias e começou a trabalhar junto ao seu pai. O trabalho devia ser feito com muita dedicação e amor.
Depois de vários dias, Estevão começou a fazer o acabamento do seu barquinho. Imagino que Estevão gostasse mais do seu barquinho do que qualquer outro brinquedo, pois tinha sido ele que o desenhou e construiu. Ele tinha se esforçado muito todos os dias, na volta da escola para terminar o seu barquinho. E estava quase pronto, só estava faltando à vela.
Para surpresa dele sua irmãzinha chegou muito alegre dizendo: -“Maninho, eu e mamãe estávamos conversando sobre o seu barquinho e decidimos fazer uma linda cela com as iniciais do seu nome bordadas nela. Veja só, Estevão P.”! –“Que linda maninha! Muito obrigado!! Era o detalhe que estava faltando no meu barquinho”!
O barquinho ficou maravilhoso. Toda família ficou muito feliz com a alegria de Estevão. Claro que era um barquinho pequeno para transportar pessoas, mas era perfeito para navegar nas lagoas e, sobretudo na fonte enorme que havia na praça de seu bairro.
No dia seguinte, Estevão acordou e olhou pela janela, era um sábado, e estava ensolarado, esplêndido para levar o barquinho na praça e fazer alguns testes com o seu barquinho. Imagine que orgulhoso estava Estevão, quando viu seu barquinho flutuar perfeitamente na fonte da praça. Ele tinha feito esse lindo barquinho
com as suas próprias mãos.
Estevão estava brincando muito feliz e concentrado quando de repente… UHUHUHUH… UHUHUHUHUH… UHUHUHUHUH. Ouviu-se uma sirena de bombeiro a umas duas quadras de distância. Logo várias pessoas saíram correndo para ver o que tinha acontecido, até de longe eram vistas umas grandes chamas e muita fumaça. Estevão ficou muito curioso e pensou: “Eu vou olhar o que aconteceu”. “Mas, meu barquinho… Já sei. Vou amarrá-lo aqui nesta árvore por uns minutinhos e vou dar uma olhada naquele incêndio.”
Estevão foi correndo para conferir de perto o grande incêndio. Ficou muito preocupado olhando com atenção, sem perder nada do que acontecia. Ele ficou muito compenetrado e esqueceu completamente do seu barquinho. Depois de uma hora, quando o fogo tinha sido controlado pelos bombeiros, Estevão se lembrou do seu barquinho
e voltou correndo para a praça.
Estevão foi direto para a árvore onde tinha amarrado seu barquinho. E quando chegou… Não estava no lugar! Ficou desesperado e com o coração apertado. Então vasculhou em toda a praça e nada. O barquinho tinha sumido! Desconsolado, chegou à sua casa e seu pai tentou acalmá-lo dizendo para ele que compraria outro barco, novo. Mas Estevão disse para ele que jamais iria encontrar um barquinho como aquele.
Passaram-se várias semanas e Estevão estava muito triste ainda. Um dia caminhava pelo centro comercial quando de repente viu algo numa vitrine numa loja de brinquedos.
-“Meu barquinho”! –“Esse é o meu barquinho”! –“Mas, como veio parar neste lugar”? –“Eu vou pegar meu barquinho de novo”! E Estevão entrou na loja.
O menino foi até o dono da loja e disse: -“Senhor, esse barquinho ali na vitrine não é seu, ele me pertence! Eu e o meu pai o fizemos, e na vela estão as iniciais do meu nome, bordadas pela minha mãe e irmã”! Estevão contou para o proprietário com detalhes como tinha feito o barquinho. Mas o proprietário disse que no dia do incêndio um senhor tinha entrado na loa e oferecido o barquinho, então ele o comprou de boa fé, sem saber de nada. O proprietário olhou para Estevão e disse: -“Eu paguei um preço pelo barquinho e não é justo que eu também perca dinheiro nesse negócio. Se você quer o barquinho de novo deverá pagar por ele”! Estevão olhou desapontado e disse: – “Eu tenho dinheiro no meu porquinho. Guarde o barquinho para mim,
e eu virei resgatá-lo”!
Chegando a casa Estevão contou tudo para sua família que ficou muito feliz com a possibilidade de reaver o barquinho. Estevão disse: -“Eu tenho as minhas economias que venho juntando há quase dois anos, vou quebrar o porquinho para pegar o dinheiro e pagar para ter o meu
barquinho de volta comigo”.
Estevão contou as moedas, uma por uma, e rapidamente retornou para a loja. O dinheiro dava certinho o valor do barquinho. Então Estevão estendeu a mão com um saco cheio de moedas para o dono da loja e logo pegou seu
barquinho nos braços.
Com seu próprio dinheiro Estevão voltou a comprar o barquinho que ele mesmo tinha feito. Pegou o barquinho com força nos seus braços e com os olhos cheios de lágrimas, seu pai o ouviu dizer: -“Barquinho… Meu barquinho! Você é duplamente meu! Primeiro porque eu ti fiz e segundo porque eu te comprei! Você é meu duas vezes”!
Crianças: Todos nós nos afastamos de Deus, como ovelhas perdidas, assim como o barquinho de Estevão. Cheios de pecados que nos distanciam de Deus. Mas, Deus nos ama tanto que enviou seu filho amado, o Senhor Jesus Cristo, para que com seu próprio sangue pagasse o preço da nossa liberdade – na cruz do calvário.
Base Bíblica: Gênesis 1.26-27; Romanos 5.12; Isaías 53.6; Efésios 1.7.